quarta-feira, 30 de setembro de 2009



mascaras e cicatrizes
marcas...
vida sem directrizes
somos lascas
do passado...
em constante estado
de mudança e relativa inercia...
somos mascaras e formas
somos anomalia...
covil de moscas...

e em nossos corpos
marcas se eternizam
vontades nostálgicas que ficam
cicatrizes e desenhos tortos
envelhecem connosco,
somos um paradoxo estranho e tosco...
e elas dançam
e historias contam
promiscuas e antigas
infantis marcas
podres e eternas
são historia...
e se desgastam como nós
dentro e em nós
frutos de acções e inercia

traumas e tinta
vontades repetidas
manchas inseparáveis...
cumulo da lucidez.
a sorrirem e dançarem
em nossos corpos nus
a buscar por "jus",
quanta dor estas trazem

do inicio ao fim, desde quando nascem
marcas de vontade e desastre
dor e alegria trazem
por detrás de nossos disfarces e trajes
secretas emoções
ah.. doces canções...
somos reflexos
daquilo que em nossa carne
estão em anexo
puro impulso e vontade...


domingo, 27 de setembro de 2009




bosques claros
dias nem tão vazios
crianças correm...
vejam quantos sorrisos
felicidade sem preocupação ou aviso
vão e vem
a rir e a brincar
andam e cantarolam,
como estas aprontam!
como é bom ver estas a cantar...

pensamentos ingénuos
rindo a todo momento,
imaginando...
castelos e monstros, cavaleiros e dragões,
nem mesmo multidões
podem retirar a felicidade de uma criança cantarolando...
bosques encantados
a beleza do passado...
viver assim...
sem nem mesmo cogitar o fim
apenas ser
aquilo que realmente se quer
viver

florestas irão florescer
e nada importa
sorrir é apenas aquilo que conta
viver...
correr pelo mundo
conhecer a tudo
mesmo que nada possa se entender...


quinta-feira, 24 de setembro de 2009



vejo portas e janelas
e as vezes nada posso ver por elas
olho ruas e estrelas
pessoas... fico feliz em vê-las
a passar
por ali por aqui
vejo belas paisagens
e busco para acreditar...
no que experimentei, no que vivi.
vejo imagens...
pássaros e campos
verde, azul e amarelo
o céu é muito belo
nuvens e trapos
somos farrapos de uma pequena realidade
montanhas, cachoeiras, ruas e insanidade
somos nada...
pura vaidade...
banalidade
vejo o tempo a dar passadas
longas e rápidas
curtas e divagares
vejo lagos e mares
sem nem mesmo sair deste lugar
tudo por mim está a passar
e pela janela...
vejo tu por lá.

e o tempo por mim passa
vejo a lua
e esta acha graça
suas feições simples e nuas...
e as nuvens sobre o céu
a passear tranquilamente
com a luz e o azul a se misturar
e formar um belo véu
as árvores crescem
homens envelhecem
e eu estou aqui
o tempo passa e vejo aquilo que vivi

que bela
e pratica janela


domingo, 13 de setembro de 2009


Ponto por ponto
Cor por cor
Vejo movimento
Vejo forma e cor...
Vejo pessoas e sorrisos
Paisagens
O inferno e o paraíso
Imagens
Jogo de imagens
Jogo de cores...
Ponto por ponto, aparecem
Trovadores
Sonhos, Miragens...
E ações e sensações trazem
Incutidos nas imagens que vejo
Arvores e nuvens
De todas as cores eram as nuvens...
Um ensejo
Para imaginar
Por becos, rios, montanhas passear...