segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

peter pan


quem desejou a morte do próximo, mas jamais admitiu?
foi eu, foi tu?
quem amou as cegas, mas jamais descobriu o amor?
quem foi?
em meu amor?
quem foi...

eu fui
até lá e cá,
sonhei que era,
menti, sorri...
e hoje não me arrependo.
Somos vigaristas.
ah... sim, sim... somos muito vigaristas,
mas ainda assim sou eu e amo tu,
que está lendo,
esta porcaria aqui?!
me dê um tostão e faço dele dois,
sim te quero muito,
mas a vida vadia me chama,
imagina só quantos amores
eu já perdi, só a espera do dizer que tu me amas...

JÁ CHEGA,
disse o picareta a puta,
quero meu tostão e aborta esse menino,
estas gorda, vamos logo.

e no fim do dia o por-do-sol alcançou o ponto
mais belo
e o vigarista sentiu-se calmo e tranqüilo,
por um curto momento antes de ir para casa,
para se trocar, a puta sentiu esperança
e a criança que mendigava imaginou
como seria bom ter pais
e isto o fez sorrir.