terça-feira, 30 de julho de 2019

Tarde de domingo


No céu limpo uma pipa,
Risos soltos do outro lado do muro

São os risos inocentes do amanhã.

E aqui eu tomo um gole de cerveja,
Perdido em contemplação
Entre a pipa no céu
E o meu desejo de voltar no tempo

E se voltasse?
Viveria tudo de novo,
Outra vez

A infância provoca nostalgia.


Gostaria de falar de amor
Mas falar de amor é descrever o intangível

Então, eu acho melhor falar
Do que eu vivi,
Da alegria a catarse.

Falar das vezes que meu coração pulou uma batida
E eu me vi sonhando com o que eu quero viver.

O amor escorre pelos momentos

Eternizado e indescritível

Perdidos em música


Movimentos espontâneos
Da noite os sonhos são feitos

De fumaça e impulso
Impulso no agir
No beijar
No se deixar levar.

Entre luzes e sons que acordam a vizinhança
Eles dançam

Guiados pela musica
São corpos perdidos no agora

Ritualística eletrônica


No escuro,
Na madrugada,
As costas cansadas,
Os olhos pesados
E fixos na tela.

É uma alegria inocente,
Encontrada
Em uma realidade virtual,

Entre bytes eles sonham.

Razão de amar


Amar sem razão
Amar sem motivo
Sem destino comum

Amar pelo que é
Você e eu

Te amo porque é você

E você me ama por que?

Niilismo particular


Não julgo
Não interfiro
Caminho lado à lado
De tudo aquilo que eu quero sentir.

Como uma correnteza tudo passa
E perdido em mim
Sou vazio

Estático em um mundo repleto de movimento
Perdido em admiração e empatia.