quarta-feira, 27 de janeiro de 2010



feche os ouvidos...
costure a boca...
não quero ver gritos,
não quero pensamentos em suas cucas,
não critiquem, nem reflictam...
decorem, "aprendam".
quero todos quietos, desmiolados,
pois daqui, espera a todos o fracasso,
a falta de esforço,
pois serão para sempre desanimados.

o desconhecido é desgastante
o tempo demora passar, distante,
o tempo passa a todo instante,
horários, cotidiano...
sei que desejam algo mais mundano...
mas para mim os desejos seus são ultrajantes.

pois bem...
serei o professor dos senhores...
com todos os pesares e dores,
pois bem.
apresentem si, enfim...
a partir desta fileira aqui.



domingo, 24 de janeiro de 2010


Que cheiro é este...
podre, carne podre...
não, é sangue, é suor,
o lixo é podre,
eu sou isto, sou este
nojo, vicio e horror...


sou burguês e cheiro, exalo, o nojo
do consumo, do abuso
e assim saboreio o desigual...
o animalesco me excita, sou animal.
sou prazer, o descartável e o consumo...
ah... como eu amo...
ser o melhor...
estar sobre todos e pisar no crânio... de meus iguais...
somos todos animais,
tenho certeza de que vocês gostariam de estar no meu lugar.
a como é bom ser e estar...


sou ódio, adoração e louvor,
sou o apreço pelo barato,
a valorização do superficial.
o impessoal, o material,
a falta de tacto...






arpas...
ouço,
vejo monstros e dinossauros,
farpas
me levaram até aqui,
mas para que?
por que?
não sei enfim... estou aqui,

uma musica calma por meus ouvidos perpassa,
neste cenário bizarro,
pois vi monstros, dinossauros,
vi pomposos, vi rastejos...
tropeços...

vi ossos marcados pelos acasos
vi avanços e atrasos...
ossos e passado.
e a bela, calma musica minha atenção mantinha
com meus ouvidos brincava...
e todo aquele cenário com meus pensamentos bailava...
me trapaceando, enganando...
e apesar disto estava confortado,
pois tudo aquilo que acontecia...
não tinha relevância,
pois em meus pensamentos a loucura havia...

e estava confortado...


sábado, 23 de janeiro de 2010



apreço
pelo bom viver,
pelas coisas vivas...
pela boa vida,
pelo não saber ao certo o que é viver.

a vida...
é curta, breve e desengonçada.
e viver...
tropeçar é viver,
e esquecer
é parte do ser...
pois palavras quando ditas
desmancham ao vento,
e ainda assim realizam seu intento.
viver é batida repetida...
do coração que pulsa,
do pulmão que infla e traga o ar...
como o mar...
o fazia com os cargueiros em vida outra...

viver é caminhar...
em um passo lento e capenga