terça-feira, 5 de outubro de 2010




ouvi os vagões se encaixarem em um ato de puro companheirismo
e as primeiras peças se mexerem com um certo acanhamento,
e as primeiras pessoas a entrarem no vagão em meio a chamada final...
ah... doces lembranças de despedida e reencontros,
todas pequenas lembranças daqueles que conheci,
que vagaram comigo e sentaram ao meu lado,
sobre a janela vi lembranças antigas, meu passado leal
a estes trilhos que me parecem mais conhecidos e intransponíveis,
alem de gastos, sobre este vagão já escuro vejo-me disforme
e esquecido, submerso em meu passado ainda feliz,
ainda inocente, ainda criança insegura e sem consciência de tudo que fez.

e o vagão de carga é bem diferente dos outros em que já fiquei,
não sei se salto agora, mas não posso esperar até que alcance a próxima estação,
regresso meus olhos ao movimento das arvores e do trilho, sonhei,
estar em qualquer vagão,
será que há mais algum vagão em que poderia estar,
não sei, será que há mais algum vagão?
tenho medo de me perguntar se estou mesmo no trem,
e porque será que estou ou melhor como me deixei degradar,
como deixei envelhecer-me sobre o trilho, roldanas e nada mais alem
de carvão
que mal me permitem aquecer, pois sinto solidão.


"o trem" de Odival Quaresma Neto

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

nada



pequenino tecelão de asas brancas
tu conheces aquele que roubo de mim meu coração,
tu sabes quem me deixou só?
e agora prometes unir-me a ele se eu desejar,
e eu quero, pois estou vazia, e só tu sabes caro tecelão
quem ele é alem de mim, só...
somente tu podes, e meu coração se desespera,
pois nem tu sabes onde ele está,

quero ir até ele a todo custo
e por isto tu prometes uma fruta inflamada
capaz de tal feito,
e meu coração pulsa mais forte,
tenho expectativas.

partiu o tecelão em busca de arvores
no sol,
voou distante rumo a uma terra inóspita
voou para alem dos limites do céu
e agora já não consigo acompanha-lo.

já é tarde e mal posso vê-lo sobre o ar,
até que uma pequena chama desmancha o véu
de incertezas que eu tinha
e sinto novamente meu coração bater,
o pequenino tecelão, já não mais branco, entrega-me o fruto
e descansa,
o honrado pequenino já não é mais branco,
foi manchado pelo arder
das chamas do sol,
meu fiel amigo.

sandman nº9


domingo, 3 de outubro de 2010




Promesse de une belle paradis
c'est qui les oiseaux me "dit",
mais je ne sais pas,
dan mon oreille ça ressemble une grand mensonge.
je regarde le ciel blue et il n'y a rien,
seulement les nuages
et le horison ne me dites pas belles choses.
Donc je rêve à aller au soir à plage
une autre jour quand le chose été simple,
et je pourrais rester plus heures avec mon chéri,
qu'ais un bon oeil et du fort coeur,
mes amis je veux te dit, elle est belle comme la pluie c'est agréable.

alors me permettre fermer mon oeil
et embrasser une autre rêve avec elle.