segunda-feira, 4 de outubro de 2010

nada



pequenino tecelão de asas brancas
tu conheces aquele que roubo de mim meu coração,
tu sabes quem me deixou só?
e agora prometes unir-me a ele se eu desejar,
e eu quero, pois estou vazia, e só tu sabes caro tecelão
quem ele é alem de mim, só...
somente tu podes, e meu coração se desespera,
pois nem tu sabes onde ele está,

quero ir até ele a todo custo
e por isto tu prometes uma fruta inflamada
capaz de tal feito,
e meu coração pulsa mais forte,
tenho expectativas.

partiu o tecelão em busca de arvores
no sol,
voou distante rumo a uma terra inóspita
voou para alem dos limites do céu
e agora já não consigo acompanha-lo.

já é tarde e mal posso vê-lo sobre o ar,
até que uma pequena chama desmancha o véu
de incertezas que eu tinha
e sinto novamente meu coração bater,
o pequenino tecelão, já não mais branco, entrega-me o fruto
e descansa,
o honrado pequenino já não é mais branco,
foi manchado pelo arder
das chamas do sol,
meu fiel amigo.

sandman nº9


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