sábado, 31 de outubro de 2009



gostaria de fazer um discurso...
a todos que possam me ouvir,
mesmo sabendo que estou só aqui,
pois mal ouço
murmúrios,
o que de fato ouço são poucos sussurros.

sem perder tempo irei inicia-lo
primeiramente agradeço,
pois ainda vejo e ouço...
também felicito o céu belo,
as aves que passam,
que sorriem e sussurram,
quando passam...
as árvores que não são capazes de andar
e por isto me escutam,
mesmo que sem escolha...
a calmaria que estas me dão,
pois graciosas são.
Agradeço por fim,
apesar de ter também grande importância,
pois viajou longas distancias
até aqui, enfim...
felicito o impulsivo vento
que se faz presente em todas as esferas do tempo...
calmo ou eufórico
belo e histórico...
Pois ouço seu assobio
e sei que está a me ouvir
e sentir
e fico feliz com isto...

O propósito deste discurso
é falar do nada,
a bela falácia por todos vivida
e o quanto isto é magnifico.
poderia citar pessoas,
levantar contos e historias,
que se encontram adormecidos,
mas prefiro por enquanto guarda-las comigo
e agradecer... por terem me ouvido...
termino meu discurso agora,
pois já é hora...
obrigado


terça-feira, 27 de outubro de 2009



"vida monótona..."
dizia um rapaz sentado,
admirando...
a paisagem mórbida.
este estava sentado sobre um banco
de uma praça
a qual se chamava
passado...
poucos por lá passavam
e este apenas admirava,
sua mente distante sonhava
com o tempo em que crianças brincavam
inocentes sobre esta praça,
a qual hoje envelhecida estava...

sua memoria repassava
sua infância...
enquanto a noite tardia...
lentamente tornava-se dia
viu os primeiros raios de sol
não se moveu
viu as nuvens sobre o céu
e nada mais pensou.

e todas as noites...
frias ou quentes,
lá estava
e as vezes...
sobre a luz do luar, aquilo que sonhava
sem compreenderes...
tornava-se real
e este sorria um sorriso natural.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009




a time ago i would go for a place to drink,
because i needed to stop thinking...
so i went and asked for some drinks...
and little by little i stoped feeling,
so i drank more and i saw,
i became what i never was...
and i forgot
what i was not...

i saw people becoming animals,
i saw the devil...

and how much he manipulated me...
and he laughed to me...
and said that we were having fun...
i smiled and i said that he was right...
so then i woke up..
deaf and blind

and for years i couldn't see...
feel and smile,
until one day
when i listenned your prays...
and i saw your pretty face.

i don't know why,
but your face was the only thing i wouold see,
on this whole time.
i also didn't know how you were with me at that time
but i felt fine...
and a little confused
about how everything happened...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009



salão escuro
cheio de poeira e mofo...
com dificuldade me movo
não por não estar claro
mas por ter medo de apagar...
as marcas
do tempo e do passado.

por janelas sujas e amareladas
a luz penetra, me trás paz...
fachos de luz amarelada...
sigo seus traçados...
diante do ambiente pálido que isto faz...

imagino o glamour do passado...
as valsas e bailes...
olhares e sorrisos este lugar trouxe...
hoje tudo está meio que esquecido e apagado...
mas ainda vejo os passos
os movimentos e as formas
sobre a poeira e as velhas estruturas
o cortejo e os beijos
temerosos, ingénuos...

por instantes adormeci...
e senti...
como se naquele tempo vivesse
e vivenciei
cada passo...
sobre o som da valsa...
mas acordado,
agora vejo e me arrasa...
diante do esquecimento
que trouxe o tempo.


segunda-feira, 19 de outubro de 2009




becos escuros
ratos e murmúrios...
doces sons nocturnos
estamos em 1770
a terra esta cheia de murmúrios
de curiosidade e descobertas...
tudo é muito novo,
e com lendas e historias
o mundo sorri e se move...
e passam os dias
ouço lendas e temores
a terra está cheia de podres
de monstros e medos...
de romances e vergonha,
as mudanças mudam a todos...
um novo mundo a sociedade propunha
de novas crenças
em maquinas

ouço promessas...
ouço estalos de pequenas peças
de desgaste
e de novos baluartes...
somos lendas,
historias e contos...
contadas em berços e tendas...
sobre momentos
vejo construções antigas do inicio do século...
vejo carruagens, mosteiros e casarões
andarilhos também posso vê-los...
sós em suas intimas canções
de tempos esquecidos
e sentimentos desconhecidos
de fatos passados... hoje apagados..
do ontem em suas peles eternizado

e sobre este novo mundo
tosco e imundo
crianças correm e brincam
sorriem e maquinam,
e carruagens passam,
este é um tempo de descobertas
de dor e grandes tormentas
é tempo de novos descobridores
e de vendedores
que a tudo vendem
como se compulsão tivessem
"então sorriam,
pois meus amigos
não sou magico
e apenas um pouco maníaco,
mas o fato é que algo trago
uma maquina que trás a felicidade
ouçam pois isto não é insanidade..."

e ao cair da obscura noite
como se tudo temeroso foste...
insistem em passar pelas ruas...
sobre a luz das estrelas e lua
sobre luminárias semi-apagadas
e barulhos feitos pelo vazio e o nada...
poucas pessoas
muitas sem amor... de olhos já apagados
de corações já petrificados...
pessoas... poucas pessoas


domingo, 18 de outubro de 2009

anesthesy
sometimes we feel empty...
by now i'm with a strange feeling
i can't comprehend...
i can't even know if it's good or bad...
this is a huge thing
that i don't know the meaning
i don't have a why
i'm not fine being fine
i'm screaming
and that's no meanig...
known..
good days go and come
bad days do the same thing.

but i never cared
empathy
i don't know what i see
i'm happy and scared
sad and hopeful
but i don't know also
where this way goes
and at this time i'm not been false
i see faces and smiles
that's too much things...
a lot of feelings...
i see some faces and lies...

i'm shaking
but i swear
i'll be better...
alive and thinking
about the usual things
and the not usual
that i love, loved... at all
and i'll continue experimenting


sexta-feira, 16 de outubro de 2009




movimentos desorganizados
são pernas e braços
em um ritmo desenfreado.
e musica e pessoas...
e risos desenfreados
actos e loucuras
é alegria
descontrole...
dança e euforia
sobre a roda tudo se move...

hahaha... HAhaHA...
ninguém é capaz de parar.
e pessoas correm
sem preocupação
experimentam
sem pensar... agem,
pura insanidade
tola felicidade...
tarde a noite...
sobre o vento forte...
tudo pode ocorrer
sem porque...
em uma terra eterna sobre o anoitecer
livremente pessoas vivem
nada sabem...
e não se importam por não saber...

loucura...
a felicidade,
impulso sobre a terra impura,
insanidade,
sarcástico ritual
de animação
e agitação

é festival
sempre...
eterno descontrole
ninguém nesta terra dorme
são agitados desde o ventre
a ordem é a desordem
não pensem...
divirtam-se,
pois apenas isto é permitido aqui
somos tumulto
impulso e agito...
então ria comigo
HAhaHAhaHA... hahahaHA...
pois nesta terra...
não há castigo...

E para mim isto não faz sentido
todos estão sorrindo...
mas aqueles que a muito vivem
aqui nada mais sentem
sofrem...
pois devem...
sorrir sempre
manter-se feliz desde o ventre.
tosco impulso
que todos alimentam
padrão imundo...
vazia satisfação


terça-feira, 13 de outubro de 2009




desta vez falarei do improvável,
do real e palpável
nada de sensações...
ou emoções
falarei de cadeiras...
maravilhosas...
algumas feitas mesmo de madeira.
algumas são moveis e graciosas

são conforto,
belas e sofisticadas...
presenciam de tudo,
de pessoas cansadas
ao romance de um casal
em momentos próximos de um animal,
podem ter uso agressivo
e mesmo destrutivo...
mas de todo são confortáveis
belas e amáveis...

me permitem acalmar,
sonhar e analisar
as paisagens,
florestas e mares.
vejo a vegetação as margens
de rios e lagoas,
areia diante dos mares,
me permitem escutar musicas boas...

cadeiras são importantes...
me permitem pensar
naquilo que esta distante...
viajar sem sair do lugar.
simples cadeiras...
é bom falar do simples
e como disse o fiz





palavras...
sentimentos são palavras,
são simplicidade...
pois palavras são simples,
e são pura intensidade,
como é belo aquilo que se diz,
mesmo quando não há intenção.
me culpo por não sentir
por viver sem um fim...
pois a palavra é explosão

as vezes não há muito o que se dizer
então olho pro céu
e entre o o véu...
de nuvens busco aquilo que possa me responder...
a brisa a face...
é tão simples e belo,
vejo o sol claro...
e imagino o magico contraste
entre o sol e a lua
a noite e o dia
em um fim de tarde maravilhoso...
como o mundo parece antagónico...

e assim continuo...
imaginando
e vivendo
continuo...
as vezes sem palavras
nem sempre consegui expressar o que pensava...
mas as árvores a balançar
quebrando o silencio
tortuoso silencio
sempre me ajudou a pensar...

as palavras...
são enganosas,
assim como maravilhosas.
só estava...
e estas em minha cabeça
me fizeram pensar o mundo as avessas


domingo, 11 de outubro de 2009




fachos de luz...
deixe me ver seus olhos e boca...
diante desta luz ainda fosca...
nudez pura... sem abusos...
fecho os olhos e respiro profundamente
calmo e por um instante nada se sente...
vejo a luz atravessar a janela
imagino que maravilhosa e bela...
vejo tua face
e ainda não entendo o que se passa
o mundo está tranquilo e a nós isto ele transpassa
não me importo o quanto disfarce...

o real é passageiro
e por isso prospero...
nada espero...
e a loucura beiro...
pois nada sei ou entendo
magico momento
de incompreensão
e sem nenhuma intenção...
respiro profundamente...
minha mente
está paralitica
parada em instantes passados
estática
pensamentos travados
sorria para mim apenas
talvez um ultimo afago valha... a pena...
que irei cumprir por ser assim
por pensar
e me manter pensamentos sem jamais parar
e o mundo rodopia enfim...

vejo bosques em fins de tarde
a mais bela das paisagens...
o tempo passa minha mente vai e vem,
parte...
para alem do imaginável...
do infinito e mesmo do palpável.
sorrio a feras...
enquanto me encontro a espera
da luz das estrelas e lua...
que uiva
distante...
diante do pesar
de nunca com seu amante
estar...
pois são antagónicos
e em curtos momentos se encontram,
nos quais parte da terra se põe em breu
e os cómicos...
seres humanos maravilhados se encontram...
e o silencio comanda o instante enquanto tudo escureceu.

é dia...
e não me importo
e nada mais por um instante parecia
repugnante... e estas sensações comporto
sem entender,
pois para mim nada disto há um porque...

olho para o céu e as nuvens se movem
e lentamente me comovem
são lentas e quietas
diante de um azul intenso...
que bela quietude esta...
que descrevo verso por verso.
mais uma vez fecho os olhos
respiro profundamente
e pulo
naquilo que neste instante se sente...
intensamente
e lá no fundo me amarro
pois não preciso da superfice como amparo...
pela dor que se sente...
pela agonia de querer...
de viver
de buscar
mais ar...
pois queremos estar vivos,
mas não entendo o motivo.





i can't stop breathing
but it seems like if i had...
i changed
a lot of things...
i was dieing
and part of me was always dead
and don't be sad... this is not bad
things are happenning
like the world have to be
so life change the way it should be
well, don't care too much about...
what i'm saying...
or who is the fault
about the problems of the world,
and now looking at the sky
i can see birds...
and i feel fine...

the trees
and i see why my life has no whys...
sometimes it's good to say bye
and feel free
after a fall from sky
or whatever we did
to be alive...
to be feed.

and now i'm full
and i can't see who is really fool...
me, you... or the ones in hospice...
and that's why life is pretty
we don't know people real face
and that's why my heart is tight
and why i flought
it's all about...
live and be alive...
and that's also why i need a knife


(qualquer dia aprendo yoga...)

sábado, 10 de outubro de 2009




o sol certo dia
andava por ai sem pensar
e este apenas via
as pessoas a passar
foi quando a noite chegou...
tudo que era agitado se acalmou...
o sol estava longe...
nada percebeu distante
e a lua de tudo tomou conta e os instantes
eram calmos e o mundo estava a vontade...

assim os dias se passaram
pessoas viviam e viveram
o sol agitava os dias...
os corações aquecia
e a noite misteriosa
a lua graciosa
bailava em luz...
clara e bela
lúcida...
e alucinante é ela
e no interior neste baile de cor e luz
vejo mentes enganadas...
diante da constante mudança
diante do dançar
das cores
sobre a constante mistura...
entre cores e dores...
claras e escuras.

e as paisagens
diante deste magico vai e vem...
muda e se transforma
entre o diurno
e o nocturno
aquilo que era belo se torna
misterioso e desconhecido
e diante da desconfiança,
a lua amante mansa
apenas sorrir.. diante dos desconfiados
que temem
enquanto dia após dia aprendem...

e assim o tempo passa
nesta eterna valsa
até o ponto em que o tempo para
pois enfim
a noite o dia encontrara...
enfim...
a valsa para
por instantes
todos extasiados e distantes,
pois pouco sobre isto o homem compreendera...
e novamente o ciclo continua
ate outro momento
em que sol se encontre com a lua...
e por instantes nada será tão intenso...


quinta-feira, 8 de outubro de 2009




acaso...
coisas acontecem,
sem explicação acontecem,
as vezes me atraso
não entendo o que se passa,
seqüêcias de fatos...
a cada passo
o acaso a minha frente se expressa.
figura estranha
que a todos espanta,
encanta...
engana.
imagino que tudo poderia acontecer
e sem compreender
nada ocorre,
como pode...
encontramos e conhecemos
pessoas...
recebemos noticias "más" e "boas"
e assim vivemos,
entre o certo e o incerto,
entre a certeza do nada
e mais ou menos nada.
surgem toda a sorte de acontecimentos,
somos inércia
diante de um emaranhado de momentos...
que nos manipula dia após dia
em um constante jogo de desconhecido
carregado de parâmetros improváveis
que são todos os dias forçados
pelo medo e a insegurança talvez
ou pela curiosidade
que move o homem
entre a felicidade e a insanidade
e assim os eventos acontecem
sem o menor aviso
sem possibilidade de ser previsto...
como o acaso é belo
não sei se é possível percebe-lo
mas é fantástico
e mágico
pois a tudo ocorre
nada se sabe
e se vive
sem nossa vontade
provocando acontecimentos
nem sempre de forma benéfica
intrigantes momentos,
de certa forma instigante, maravilhosa e trágica...


quarta-feira, 7 de outubro de 2009



poeira que se move
na superfice cheia de ranhuras
que é a terra imunda...
gases e areia que a tudo envolve,
somos poeira
a se movimentar
de lá para cá
como a areia
sobre o balanço do mar...
circulando em meio ao ar
sem sentido
ou objectivo...
somos poeira
a circular por eras.
estátuas de pedra
desgastadas pelo tempo que reina
soberano...
comandando...
nações temerosas
odiosas e hipócritas...
amantes da cobiça
da inveja e luxuria
faces naturais e animalescas
da anomalia
que é...
que sou...


terça-feira, 6 de outubro de 2009




havia um velho infeliz
que vivia perto de um lago...
triste, sem fim...
passava seus dias sentado...
em uma velha cadeira
feita de madeira
odiava o mundo
e tudo...
não tinha amigos
odiava da terra ao trigo
morreu vivo... sem esperança
sem infância...
pois sempre este foi velho
cheio de tédio...

com o tempo
sem seu contento
o velho ia envelhecendo
e com o peso das horas sofrendo
mas continuava perto do belo lago
jovial e magico
eram companheiros
e todos os dias
o lago ouvia
as lamentações do companheiro...
mas lentamente e sem aviso as lamentações
diminuíram
lentamente os resmungos pararam
e não haviam mais reclamações...
o lago triste
perdeu seu único acompanhante
tosco e fúnebre ficou
tudo perecia
dia após dia
nenhum ser vivo restou...

e certos dias tarde a noite
podia se ouvir o velho resmungar
e nestes momentos o lago não estava mais só lá...
e seus resmungos caminhavam pelos céus, florestas e montes...

ah... calma noite
o lago sente o peso de seu açoite.
com o tempo
e o passar dos ventos
o mundo mudou
o tempo passou...
e de vez em quando
pessoas acampavam perto do lago amaldiçoado
e entre sorrisos e gargalhadas
podia se ouvir
o velho a reclamar pelas noites passadas...
e podia-se sentir
passar de lá para cá
e de vez em quando
balançar...
em sua velha cadeira de balanço