segunda-feira, 19 de outubro de 2009




becos escuros
ratos e murmúrios...
doces sons nocturnos
estamos em 1770
a terra esta cheia de murmúrios
de curiosidade e descobertas...
tudo é muito novo,
e com lendas e historias
o mundo sorri e se move...
e passam os dias
ouço lendas e temores
a terra está cheia de podres
de monstros e medos...
de romances e vergonha,
as mudanças mudam a todos...
um novo mundo a sociedade propunha
de novas crenças
em maquinas

ouço promessas...
ouço estalos de pequenas peças
de desgaste
e de novos baluartes...
somos lendas,
historias e contos...
contadas em berços e tendas...
sobre momentos
vejo construções antigas do inicio do século...
vejo carruagens, mosteiros e casarões
andarilhos também posso vê-los...
sós em suas intimas canções
de tempos esquecidos
e sentimentos desconhecidos
de fatos passados... hoje apagados..
do ontem em suas peles eternizado

e sobre este novo mundo
tosco e imundo
crianças correm e brincam
sorriem e maquinam,
e carruagens passam,
este é um tempo de descobertas
de dor e grandes tormentas
é tempo de novos descobridores
e de vendedores
que a tudo vendem
como se compulsão tivessem
"então sorriam,
pois meus amigos
não sou magico
e apenas um pouco maníaco,
mas o fato é que algo trago
uma maquina que trás a felicidade
ouçam pois isto não é insanidade..."

e ao cair da obscura noite
como se tudo temeroso foste...
insistem em passar pelas ruas...
sobre a luz das estrelas e lua
sobre luminárias semi-apagadas
e barulhos feitos pelo vazio e o nada...
poucas pessoas
muitas sem amor... de olhos já apagados
de corações já petrificados...
pessoas... poucas pessoas


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