que vivia perto de um lago...
triste, sem fim...
passava seus dias sentado...
em uma velha cadeira
feita de madeira
odiava o mundo
e tudo...
não tinha amigos
odiava da terra ao trigo
morreu vivo... sem esperança
sem infância...
pois sempre este foi velho
cheio de tédio...
com o tempo
sem seu contento
o velho ia envelhecendo
e com o peso das horas sofrendo
mas continuava perto do belo lago
jovial e magico
eram companheiros
e todos os dias
o lago ouvia
as lamentações do companheiro...
mas lentamente e sem aviso as lamentações
diminuíram
lentamente os resmungos pararam
e não haviam mais reclamações...
o lago triste
perdeu seu único acompanhante
tosco e fúnebre ficou
tudo perecia
dia após dia
nenhum ser vivo restou...
e certos dias tarde a noite
podia se ouvir o velho resmungar
e nestes momentos o lago não estava mais só lá...
e seus resmungos caminhavam pelos céus, florestas e montes...
ah... calma noite
o lago sente o peso de seu açoite.
com o tempo
e o passar dos ventos
o mundo mudou
o tempo passou...
e de vez em quando
pessoas acampavam perto do lago amaldiçoado
e entre sorrisos e gargalhadas
podia se ouvir
o velho a reclamar pelas noites passadas...
e podia-se sentir
passar de lá para cá
e de vez em quando
balançar...
em sua velha cadeira de balanço
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