quinta-feira, 26 de novembro de 2009




sem ser simplista ou hipócrita
tomo esta pequena nota...
para que hoje, seja diferente do amanhã,
pois não quero cometer o mesmo erro de ontem,
pois minha distracção foi tamanha
que passei sem ver.
e passaram cem dias sem...
nenhuma reacção, sem ao menos eu perceber
e os dias foram iguais, monótonos
e sem tons.

sem ser ingénuo,
pois sei que sou tolo
(e já é o bastante), não desejo o cômodo,
pois não não desejo descanso.
sonho poder ver o futuro, sem querer vê-lo,
visto ser mais intenso
quando não se sabe,
quando pela primeira vez se é feito,
da mesma forma o desgaste é menor,
a dor não sei se é equiparada...
mas é o suficiente ao meu contento,
assim desejo um amanha diferente do hoje,
uma nova jornada...
e um novo olhar sobre o ontem,
que veio e me deixou, sem...

perspectiva
e com vontade de escrever...
e beber alguma coisa nociva

sábado, 21 de novembro de 2009




bom dia...
se é dia...
boa noite,
se já é noite.
não importa,
pois é hora de ver e escutar,
feche os olhos para ouvir melhor
e assim, só assim poderás ver a cor.
(suspiros...) o êxtase da mistura...
da loucura de viver,
a beleza nua e crua
da tortuosa realidade que podes ver.
sem nem mesmo abrir os olhos,
pois esta é o que somos.

sentes, pois estas vivo...
não sei se estou sendo incisivo...
(pequenos risos), mas é pelo fato de ser sofrido
e animador tudo isto.
E me desconcentra ao argumentar,
pois como bem sabes, falar...
é arte,
disfarce é arte...
Sentir é viver,
e ser...
ah... o ser é uma incógnita,
doce duvida...


sexta-feira, 20 de novembro de 2009




era dia...
e o dia passou.
era noite e o dia ficou.
nada se entendia,
a escuridão em meio ao clarão,
era meia-noite
e ainda era dia.

a lua e o sol tornaram-se um só,
como jamais houve.
e as nuvens tornaram-se pó,
pois nada havia,
ou poderia haver,
apenas o sol e a lua, como um unico ser...
(e nada mais se soube...)
(pois algo assim jamais houve)
e então a noite virou dia.
como em nostalgia
por vontade de retorno aos antigos dias,
nos quais nada se sabia...



é vã a ciência de sentir,
pois os olhos abri...
e já não tenho, hoje, vontade de escrever,
escrevo por vicio...
o vicio de ter...
nas mão calor intenso,
de sentir-se insensato,
de sentir o sabor...
a textura do tacto.
de olhar para a retina do olho
e ver alem da maravilhosa mistura de cor,
a vida é intensidade e cor...

a vida é tortura superficial,
pois é raro sentir-se completo,
sentir-se cheio...
e ao mesmo tempo tudo é visivelmente banal.
A felicidade barata
como sempre foi...
e o vazio no peito que dói,
pois neste não há nada.

e o mais profundo que se chega...
é o olhar que nega.
enquanto o momento se compõe,
enquanto o tempo passa...
chega a noite.
e o dia passa, novamente passa,


quinta-feira, 19 de novembro de 2009




votos secretos...
solitários votos...
votos de alguém que não sabe falar,
mas que soube ditar,
tudo aquilo que desejava, apenas pelo olhar.
contos que não podem ser lidos.
esta é a historia de um ser contido
sobre a eternidade de um sussurrar.
retido
para alem do simples bater...
do coração,
retido... sobe a retina do olhar sem compromisso,
sobe o fechar do olho em desejo intenso...

e ao ver o que não se esperava viver,
ao sentir aquilo que não se tinha intenção de ter.
e nesta ótica incompreensiva,
na qual o corpo diz: "viva! viva!"
e não se sabe o que dizer,
pois o acaso preparou o inesperado.
e o que há é o espasmo, não há o que saber...
pois sentisse um estado,
uma incompreensivel situação,
e buscasse noção...
e nos próximos instantes a realidade...
o passado
deixa de existir, assim como a verdade,
tudo desaparece sobre o momento inesperado...

e após tudo isto,
nada mais sobra, pois você
não é mais apenas um ser...
é momento vivido.
morto após cada segundo que passa
renascido a cada instante em que se extravasa
e após tudo isto, o paradoxo que se torna...
transborda.
e as vezes pouco sobra...



(culpem los hermanos...)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009




era jovem, queria ter um futuro,
tinha um sonho... queria ser herói.
não tinha nome, viveu em um tempo qualquer..
e naquele tempo... entre guerras e muros
um sentimento de ser útil lhe corrói,
queria ser...
viver eternizado...
ser para sempre lembrado.

e com este desejo cresceu,
era jovem, desejava jamais temer,
aprendeu a guerrear e a viver
sobe a ordem de um batalham cresceu,
e guerras travou,
queria ser herói, tinha orgulho...
e marcas e cicatrizes,
lentamente em seu corpo cresceram,
e de sonhador tornou-se triste,
pois era um soldado em meio ao batalham...
não tinha lar,
só o que lhe sobrava era o travar
das batalhas,
da dor e dos traumas.

Este viveu guerras, como em qualquer tempo,
guerras comuns, que para ele era muito
era desejo intenso...
era tudo.
pois não havia lhe sobrado muito.


domingo, 15 de novembro de 2009




un peu de solitude
je veux ça...
dans c'est monde,
ce n'est pas simple,
mais pour quoi...

je veux juste ça
je ne veux pas plus heure
or une nouvelle horloge...
je veux juste la solitude...
simplement
ce n'est pas tout or rien...
mais c'est qui je veux...
seulement...

tout.
pour penser...
pour vivre.




(francês a lingua das sensações tudo é mais belo quando escrito nela, qualquer sensação, torna-se profunda e bela... quem dera eu soubesse um pouquinho mais e pudesse escrever com mais qualidade...)



acordei cedo,
mas não como de costume...
vi a luz da manhã e me senti infame,
pois queria ser parte do momento...
não somente expectador,
a sentir a brisa e o movimentar
das nuvens e do fachos de luz,
em uma pura demonstração de movimento e calor...
e me pus a imaginar...
como seria ser o vento e voar em impulsos
mais rápidos que o pulso...
de meu coração que já não pulsa,
pois é pedra, diante desta vida impura...
e assim pairar, por vilarejos passar, como em vulto...
e conhecer a tudo,
pois seria parte do mundo...

não seria mais eu...
não me preocuparia com a existência de deus
seria movimento puro e simples...
pairando pela eternidade
entre a juventude e a mocidade,
não seria feliz ou triste
seria o vago...
seria nada, mas poderia ser eu...
eternamente sobre o céu
seria futuro e passado.
e poderia com as folhas das arvores,
dançar,
e estas brevemente poderiam me acompanhar
a destino algum, pois que importancia tem os lugares...

seria enfim eu...
enfim nada, pois não quero nada alem do céu.


sábado, 14 de novembro de 2009




i would say someday to you,
ow baby, i love you...
i would say someday to you,
and i ask you...
what would you say to me?

well, well, well...
i could look to this place and tell
that nothing matters to me...
well, i never cared for anything
'cause everything is just convention.
and i can't find a perfect meaning
i can't right my real intention...
'cause i don't know if a have one...

to me all we have are momments
nothing more or less
so baby, i don't see what really matters,
but i know nothing,
just that your smile is beautyful
and real,
unless for me, 'cause it has no meaning
and that's enough,
i think i told you about,
all stuffs...
that one day i would thought about...

and now looking to your eyes...
i discovered...
you never existed
just in my mind...
so i'm talking with nobody,
in fact with one imaginary person,
that i would talk.




vejo muros e travas
vejo portas trancadas
não posso ir
e sou liberto, dentro de mim...
vejo valores aqui,
não os criei, mas estão aqui.
estou preso, não posso agir
e vejo passivos, não querem reagir...

E sobre a mão do Estado
somos duramente governados
por hipócritas,
elegidos por esquecidos e desenformados,
E em meu peito essa revolta não comporta,
mas dentro de mim, me encontro trancado,
pois tenho medo de agir
não conheço a tudo
e temo, pois não imagino
as consequencias, como irão reagir...

e assim sigo...
calado...
diante de injurias e descreditos.
Fora do direito,
pois este não me alcança...



Catraca baixa


quarta-feira, 11 de novembro de 2009




parapa, parapapa, parapa...
bem-vindos ao espectáculo...
percebam o ritmo...
parapa, parapapa. parapa

logo o show começará
beleza e forma vocês verão.
agora, moça que nesta fileira está!
e todos vocês prestem atenção,
pois todo o momento é vão.
saboreie com cuidado,
pois cada momento tem sabor melhor depois que passado.

então,
que abram as cortinas!
saboreiem a tudo isto...
o baile em cada sina,
pois vida é espectáculo
é sabor, olfacto e tacto
é tudo isto...

E uma historia aqueles que ouvem...
começa a ser contada.
E uma historia aqueles que vêem
começa a ser formada.
E um baile de emoções
em cada coração é plantada
diante das claras acções
que sobre este palco são formadas

e uma musica nem grave nem aguda,
não diria harmônica,
muito menos desordenada,
diria magica!
pois provoca naqueles que sem perceber escutam,
o bater do coração
no ritmo que se toca...
e eu de olhos fechados
perto do palco...
posso escutar... cada batida
a cada som...
a cada tom
musical...
de uma musica anormal,
pois vai alem dos instrumentos
é puro sentimento
é ilusão pura
diante de vocês, multidão ingénua...




amor...
o que será?
acreditamos ser impossível de se explicar...
é fogo, dor, loucura, calor.

é paixão?
é impulso,
é desejo...
é intenção,
nunca soube o que seria
e penso que talvez jamais entenderia

é crer,
é poder?
é conhecer...
não sei bem dizer
as vezes penso que é momento,
mas creio e sei que não entendo,
não sei se é eterno
momentâneo...
ou a cada instante eterno,
não sei se único ou plural...
não sei se mecânico ou natural...
sei que as vezes sinto...
algo que não explico,
que não compreendo

apenas vivo...
neste contento continuo,
entre o mistério
e o incompreensível.





pessoas, pessoas, pessoas.
sempre queremos entender umas as outras,
somos instantes,
impulsos e vontades,
sabemos disto
e transferimos o nós aos outros...

tenho sede, tenho fome,
quero ser aquele que vive...
e o que morre.
quero ir do feliz ao triste
e ainda continuar sendo
aquilo que sou... não sendo.

Ao passo que agora,
desejo um salvo ao homem,
aqueles que nada sabem...
aqueles de outrora...
e aqueles que virão,
pois somos iguais não sendo,
somos únicos sendo multidão,
pois nada tem importância...
somos momentos...
somos inconstância.

(não sei se este merece uma imagem...)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009



hoje acordei com uma vontade...
incompreensiva,
de viver a vida.
abri a janela e senti... a brisa com intensidade,
fechei os olhos e dela me joguei
em um berço de ar e nuvens... sobrevoei...
e em uma piscina de gelo e transparência
caí atordoado.
perguntei-me como haveria lá chegado...
olhei para cima,
e dei-me conta de que caí,
Ao sentir a brisa
caí...


terça-feira, 3 de novembro de 2009





i saw something in the sky,
i looked to some children by my side...
they were playing with a kite
and i thought how could be fly...
i closed my eyes...
and i flought,
i went in side the clouds and above,
i saw the stars and where comes the night...

i saw the sun.
i went deeper,
and in side myself i sank
i felt strange and weak
i openned my eyes
and i couldn't see anything else
just the kite...
in the sky.


segunda-feira, 2 de novembro de 2009




status...
os tempos...
mudaram.
sou um ser que...
por eras viajou,
por diversas jornadas participei,
mas a muito meu coração parou...
vi pessoas e terras
vi felicidade e guerras.
Em um tempo distante vi pessoas,
que olhavam para céu sem nada desejar.
e sobre o horizonte minha curiosidade a buscar
novos amores e poesias...

as vezes cansado
sobre a relva parava
e sobre o mar olhava
apenas ouvindo...
o som do vento
sobre as colunas do tempo...
profanos senhores...
e sobre as folhas das árvores
que a mim sussurravam
pensamentos de dias melhores,
que em minha cabeça caminhavam,
e da terra prospera... naquele tempo ouvia...
novos louvores
de dias de chuva, dias melhores...
e as eras passavam...
novos invernos chegavam,
da terra a vida surgia,
da pureza nas faces
tudo criava vida e se erguia,
sobre o olhar dos confusos algozes
que sobre o mundo jamais compreenderiam,
como as belas crianças que neste tempo viviam.

e sobre a terra eu via,
e vejo fraco e obscuramente
o sorriso sobre o amor e a infância,
que floresce e florescias naturalmente,
sobre a pura relva,
sobre as florestas e a terra que a muito se ouvia,
e ao meu lado sobre o céu cantava...
e por dias
tudo era harmonia,
musica e melodia...

e pela terra vaguei...
e vago talvez...
em busca de um veredicto...
de um contento,
talvez...



uma rosa ou um tostão para quem descobrir, quem esta imagem encontrou...

domingo, 1 de novembro de 2009




amor sentimento
bastante conhecido,
mas inexplicável...
Sobre este tratante insaciável
contarei-lhes uma historia,
baseada no acaso,
em uma junção estranha de fatos
que culminaram, após anos e dias,
nisto...
que agora conto.

haviam diversas pessoas
cada um em seu lugar
a viver e estudar...
cada um vivendo sua própria vida e farsa
e individualmente cada um tinha uma aspiração
seja viver, enriquecer, ou se destacar da multidão
e os dias passavam
e não mais estudavam
em colégios
todos buscavam novos abrigos.

e por um súbito desejo
deste ou de seus tutores
ao tomarem conhecimento
de rumores,
sobre uma faculdade especial
bem diferente do natural...
obrigados ou por vontade
aqueles que viviam vidas diferentes
como em passe de magica se encontraram
não mais distantes,
juntos estavam,
e se conheceram,
e de diversos prazeres beberam,
e sorriram,
e viveram...
por seis meses
por doze meses
desavenças surgiram
erros cometeram
hoje estamos a completar quase 18 meses
e não me importo de repetir diversas vezes...
amo vocês todos



dedico este poema aos meus grandes amigos que tiveram o "hazard" de se encontrarem nesta vida comigo, (obs.: precisamos de uma festa geral...) não tenho muito o que dizer, além de que não irei anunciar este... deixarei totalmente ao acaso... (espero que alguém olhe...)



sábado, 31 de outubro de 2009



gostaria de fazer um discurso...
a todos que possam me ouvir,
mesmo sabendo que estou só aqui,
pois mal ouço
murmúrios,
o que de fato ouço são poucos sussurros.

sem perder tempo irei inicia-lo
primeiramente agradeço,
pois ainda vejo e ouço...
também felicito o céu belo,
as aves que passam,
que sorriem e sussurram,
quando passam...
as árvores que não são capazes de andar
e por isto me escutam,
mesmo que sem escolha...
a calmaria que estas me dão,
pois graciosas são.
Agradeço por fim,
apesar de ter também grande importância,
pois viajou longas distancias
até aqui, enfim...
felicito o impulsivo vento
que se faz presente em todas as esferas do tempo...
calmo ou eufórico
belo e histórico...
Pois ouço seu assobio
e sei que está a me ouvir
e sentir
e fico feliz com isto...

O propósito deste discurso
é falar do nada,
a bela falácia por todos vivida
e o quanto isto é magnifico.
poderia citar pessoas,
levantar contos e historias,
que se encontram adormecidos,
mas prefiro por enquanto guarda-las comigo
e agradecer... por terem me ouvido...
termino meu discurso agora,
pois já é hora...
obrigado


terça-feira, 27 de outubro de 2009



"vida monótona..."
dizia um rapaz sentado,
admirando...
a paisagem mórbida.
este estava sentado sobre um banco
de uma praça
a qual se chamava
passado...
poucos por lá passavam
e este apenas admirava,
sua mente distante sonhava
com o tempo em que crianças brincavam
inocentes sobre esta praça,
a qual hoje envelhecida estava...

sua memoria repassava
sua infância...
enquanto a noite tardia...
lentamente tornava-se dia
viu os primeiros raios de sol
não se moveu
viu as nuvens sobre o céu
e nada mais pensou.

e todas as noites...
frias ou quentes,
lá estava
e as vezes...
sobre a luz do luar, aquilo que sonhava
sem compreenderes...
tornava-se real
e este sorria um sorriso natural.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009




a time ago i would go for a place to drink,
because i needed to stop thinking...
so i went and asked for some drinks...
and little by little i stoped feeling,
so i drank more and i saw,
i became what i never was...
and i forgot
what i was not...

i saw people becoming animals,
i saw the devil...

and how much he manipulated me...
and he laughed to me...
and said that we were having fun...
i smiled and i said that he was right...
so then i woke up..
deaf and blind

and for years i couldn't see...
feel and smile,
until one day
when i listenned your prays...
and i saw your pretty face.

i don't know why,
but your face was the only thing i wouold see,
on this whole time.
i also didn't know how you were with me at that time
but i felt fine...
and a little confused
about how everything happened...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009



salão escuro
cheio de poeira e mofo...
com dificuldade me movo
não por não estar claro
mas por ter medo de apagar...
as marcas
do tempo e do passado.

por janelas sujas e amareladas
a luz penetra, me trás paz...
fachos de luz amarelada...
sigo seus traçados...
diante do ambiente pálido que isto faz...

imagino o glamour do passado...
as valsas e bailes...
olhares e sorrisos este lugar trouxe...
hoje tudo está meio que esquecido e apagado...
mas ainda vejo os passos
os movimentos e as formas
sobre a poeira e as velhas estruturas
o cortejo e os beijos
temerosos, ingénuos...

por instantes adormeci...
e senti...
como se naquele tempo vivesse
e vivenciei
cada passo...
sobre o som da valsa...
mas acordado,
agora vejo e me arrasa...
diante do esquecimento
que trouxe o tempo.


segunda-feira, 19 de outubro de 2009




becos escuros
ratos e murmúrios...
doces sons nocturnos
estamos em 1770
a terra esta cheia de murmúrios
de curiosidade e descobertas...
tudo é muito novo,
e com lendas e historias
o mundo sorri e se move...
e passam os dias
ouço lendas e temores
a terra está cheia de podres
de monstros e medos...
de romances e vergonha,
as mudanças mudam a todos...
um novo mundo a sociedade propunha
de novas crenças
em maquinas

ouço promessas...
ouço estalos de pequenas peças
de desgaste
e de novos baluartes...
somos lendas,
historias e contos...
contadas em berços e tendas...
sobre momentos
vejo construções antigas do inicio do século...
vejo carruagens, mosteiros e casarões
andarilhos também posso vê-los...
sós em suas intimas canções
de tempos esquecidos
e sentimentos desconhecidos
de fatos passados... hoje apagados..
do ontem em suas peles eternizado

e sobre este novo mundo
tosco e imundo
crianças correm e brincam
sorriem e maquinam,
e carruagens passam,
este é um tempo de descobertas
de dor e grandes tormentas
é tempo de novos descobridores
e de vendedores
que a tudo vendem
como se compulsão tivessem
"então sorriam,
pois meus amigos
não sou magico
e apenas um pouco maníaco,
mas o fato é que algo trago
uma maquina que trás a felicidade
ouçam pois isto não é insanidade..."

e ao cair da obscura noite
como se tudo temeroso foste...
insistem em passar pelas ruas...
sobre a luz das estrelas e lua
sobre luminárias semi-apagadas
e barulhos feitos pelo vazio e o nada...
poucas pessoas
muitas sem amor... de olhos já apagados
de corações já petrificados...
pessoas... poucas pessoas


domingo, 18 de outubro de 2009

anesthesy
sometimes we feel empty...
by now i'm with a strange feeling
i can't comprehend...
i can't even know if it's good or bad...
this is a huge thing
that i don't know the meaning
i don't have a why
i'm not fine being fine
i'm screaming
and that's no meanig...
known..
good days go and come
bad days do the same thing.

but i never cared
empathy
i don't know what i see
i'm happy and scared
sad and hopeful
but i don't know also
where this way goes
and at this time i'm not been false
i see faces and smiles
that's too much things...
a lot of feelings...
i see some faces and lies...

i'm shaking
but i swear
i'll be better...
alive and thinking
about the usual things
and the not usual
that i love, loved... at all
and i'll continue experimenting


sexta-feira, 16 de outubro de 2009




movimentos desorganizados
são pernas e braços
em um ritmo desenfreado.
e musica e pessoas...
e risos desenfreados
actos e loucuras
é alegria
descontrole...
dança e euforia
sobre a roda tudo se move...

hahaha... HAhaHA...
ninguém é capaz de parar.
e pessoas correm
sem preocupação
experimentam
sem pensar... agem,
pura insanidade
tola felicidade...
tarde a noite...
sobre o vento forte...
tudo pode ocorrer
sem porque...
em uma terra eterna sobre o anoitecer
livremente pessoas vivem
nada sabem...
e não se importam por não saber...

loucura...
a felicidade,
impulso sobre a terra impura,
insanidade,
sarcástico ritual
de animação
e agitação

é festival
sempre...
eterno descontrole
ninguém nesta terra dorme
são agitados desde o ventre
a ordem é a desordem
não pensem...
divirtam-se,
pois apenas isto é permitido aqui
somos tumulto
impulso e agito...
então ria comigo
HAhaHAhaHA... hahahaHA...
pois nesta terra...
não há castigo...

E para mim isto não faz sentido
todos estão sorrindo...
mas aqueles que a muito vivem
aqui nada mais sentem
sofrem...
pois devem...
sorrir sempre
manter-se feliz desde o ventre.
tosco impulso
que todos alimentam
padrão imundo...
vazia satisfação


terça-feira, 13 de outubro de 2009




desta vez falarei do improvável,
do real e palpável
nada de sensações...
ou emoções
falarei de cadeiras...
maravilhosas...
algumas feitas mesmo de madeira.
algumas são moveis e graciosas

são conforto,
belas e sofisticadas...
presenciam de tudo,
de pessoas cansadas
ao romance de um casal
em momentos próximos de um animal,
podem ter uso agressivo
e mesmo destrutivo...
mas de todo são confortáveis
belas e amáveis...

me permitem acalmar,
sonhar e analisar
as paisagens,
florestas e mares.
vejo a vegetação as margens
de rios e lagoas,
areia diante dos mares,
me permitem escutar musicas boas...

cadeiras são importantes...
me permitem pensar
naquilo que esta distante...
viajar sem sair do lugar.
simples cadeiras...
é bom falar do simples
e como disse o fiz





palavras...
sentimentos são palavras,
são simplicidade...
pois palavras são simples,
e são pura intensidade,
como é belo aquilo que se diz,
mesmo quando não há intenção.
me culpo por não sentir
por viver sem um fim...
pois a palavra é explosão

as vezes não há muito o que se dizer
então olho pro céu
e entre o o véu...
de nuvens busco aquilo que possa me responder...
a brisa a face...
é tão simples e belo,
vejo o sol claro...
e imagino o magico contraste
entre o sol e a lua
a noite e o dia
em um fim de tarde maravilhoso...
como o mundo parece antagónico...

e assim continuo...
imaginando
e vivendo
continuo...
as vezes sem palavras
nem sempre consegui expressar o que pensava...
mas as árvores a balançar
quebrando o silencio
tortuoso silencio
sempre me ajudou a pensar...

as palavras...
são enganosas,
assim como maravilhosas.
só estava...
e estas em minha cabeça
me fizeram pensar o mundo as avessas


domingo, 11 de outubro de 2009




fachos de luz...
deixe me ver seus olhos e boca...
diante desta luz ainda fosca...
nudez pura... sem abusos...
fecho os olhos e respiro profundamente
calmo e por um instante nada se sente...
vejo a luz atravessar a janela
imagino que maravilhosa e bela...
vejo tua face
e ainda não entendo o que se passa
o mundo está tranquilo e a nós isto ele transpassa
não me importo o quanto disfarce...

o real é passageiro
e por isso prospero...
nada espero...
e a loucura beiro...
pois nada sei ou entendo
magico momento
de incompreensão
e sem nenhuma intenção...
respiro profundamente...
minha mente
está paralitica
parada em instantes passados
estática
pensamentos travados
sorria para mim apenas
talvez um ultimo afago valha... a pena...
que irei cumprir por ser assim
por pensar
e me manter pensamentos sem jamais parar
e o mundo rodopia enfim...

vejo bosques em fins de tarde
a mais bela das paisagens...
o tempo passa minha mente vai e vem,
parte...
para alem do imaginável...
do infinito e mesmo do palpável.
sorrio a feras...
enquanto me encontro a espera
da luz das estrelas e lua...
que uiva
distante...
diante do pesar
de nunca com seu amante
estar...
pois são antagónicos
e em curtos momentos se encontram,
nos quais parte da terra se põe em breu
e os cómicos...
seres humanos maravilhados se encontram...
e o silencio comanda o instante enquanto tudo escureceu.

é dia...
e não me importo
e nada mais por um instante parecia
repugnante... e estas sensações comporto
sem entender,
pois para mim nada disto há um porque...

olho para o céu e as nuvens se movem
e lentamente me comovem
são lentas e quietas
diante de um azul intenso...
que bela quietude esta...
que descrevo verso por verso.
mais uma vez fecho os olhos
respiro profundamente
e pulo
naquilo que neste instante se sente...
intensamente
e lá no fundo me amarro
pois não preciso da superfice como amparo...
pela dor que se sente...
pela agonia de querer...
de viver
de buscar
mais ar...
pois queremos estar vivos,
mas não entendo o motivo.





i can't stop breathing
but it seems like if i had...
i changed
a lot of things...
i was dieing
and part of me was always dead
and don't be sad... this is not bad
things are happenning
like the world have to be
so life change the way it should be
well, don't care too much about...
what i'm saying...
or who is the fault
about the problems of the world,
and now looking at the sky
i can see birds...
and i feel fine...

the trees
and i see why my life has no whys...
sometimes it's good to say bye
and feel free
after a fall from sky
or whatever we did
to be alive...
to be feed.

and now i'm full
and i can't see who is really fool...
me, you... or the ones in hospice...
and that's why life is pretty
we don't know people real face
and that's why my heart is tight
and why i flought
it's all about...
live and be alive...
and that's also why i need a knife


(qualquer dia aprendo yoga...)

sábado, 10 de outubro de 2009




o sol certo dia
andava por ai sem pensar
e este apenas via
as pessoas a passar
foi quando a noite chegou...
tudo que era agitado se acalmou...
o sol estava longe...
nada percebeu distante
e a lua de tudo tomou conta e os instantes
eram calmos e o mundo estava a vontade...

assim os dias se passaram
pessoas viviam e viveram
o sol agitava os dias...
os corações aquecia
e a noite misteriosa
a lua graciosa
bailava em luz...
clara e bela
lúcida...
e alucinante é ela
e no interior neste baile de cor e luz
vejo mentes enganadas...
diante da constante mudança
diante do dançar
das cores
sobre a constante mistura...
entre cores e dores...
claras e escuras.

e as paisagens
diante deste magico vai e vem...
muda e se transforma
entre o diurno
e o nocturno
aquilo que era belo se torna
misterioso e desconhecido
e diante da desconfiança,
a lua amante mansa
apenas sorrir.. diante dos desconfiados
que temem
enquanto dia após dia aprendem...

e assim o tempo passa
nesta eterna valsa
até o ponto em que o tempo para
pois enfim
a noite o dia encontrara...
enfim...
a valsa para
por instantes
todos extasiados e distantes,
pois pouco sobre isto o homem compreendera...
e novamente o ciclo continua
ate outro momento
em que sol se encontre com a lua...
e por instantes nada será tão intenso...


quinta-feira, 8 de outubro de 2009




acaso...
coisas acontecem,
sem explicação acontecem,
as vezes me atraso
não entendo o que se passa,
seqüêcias de fatos...
a cada passo
o acaso a minha frente se expressa.
figura estranha
que a todos espanta,
encanta...
engana.
imagino que tudo poderia acontecer
e sem compreender
nada ocorre,
como pode...
encontramos e conhecemos
pessoas...
recebemos noticias "más" e "boas"
e assim vivemos,
entre o certo e o incerto,
entre a certeza do nada
e mais ou menos nada.
surgem toda a sorte de acontecimentos,
somos inércia
diante de um emaranhado de momentos...
que nos manipula dia após dia
em um constante jogo de desconhecido
carregado de parâmetros improváveis
que são todos os dias forçados
pelo medo e a insegurança talvez
ou pela curiosidade
que move o homem
entre a felicidade e a insanidade
e assim os eventos acontecem
sem o menor aviso
sem possibilidade de ser previsto...
como o acaso é belo
não sei se é possível percebe-lo
mas é fantástico
e mágico
pois a tudo ocorre
nada se sabe
e se vive
sem nossa vontade
provocando acontecimentos
nem sempre de forma benéfica
intrigantes momentos,
de certa forma instigante, maravilhosa e trágica...


quarta-feira, 7 de outubro de 2009



poeira que se move
na superfice cheia de ranhuras
que é a terra imunda...
gases e areia que a tudo envolve,
somos poeira
a se movimentar
de lá para cá
como a areia
sobre o balanço do mar...
circulando em meio ao ar
sem sentido
ou objectivo...
somos poeira
a circular por eras.
estátuas de pedra
desgastadas pelo tempo que reina
soberano...
comandando...
nações temerosas
odiosas e hipócritas...
amantes da cobiça
da inveja e luxuria
faces naturais e animalescas
da anomalia
que é...
que sou...


terça-feira, 6 de outubro de 2009




havia um velho infeliz
que vivia perto de um lago...
triste, sem fim...
passava seus dias sentado...
em uma velha cadeira
feita de madeira
odiava o mundo
e tudo...
não tinha amigos
odiava da terra ao trigo
morreu vivo... sem esperança
sem infância...
pois sempre este foi velho
cheio de tédio...

com o tempo
sem seu contento
o velho ia envelhecendo
e com o peso das horas sofrendo
mas continuava perto do belo lago
jovial e magico
eram companheiros
e todos os dias
o lago ouvia
as lamentações do companheiro...
mas lentamente e sem aviso as lamentações
diminuíram
lentamente os resmungos pararam
e não haviam mais reclamações...
o lago triste
perdeu seu único acompanhante
tosco e fúnebre ficou
tudo perecia
dia após dia
nenhum ser vivo restou...

e certos dias tarde a noite
podia se ouvir o velho resmungar
e nestes momentos o lago não estava mais só lá...
e seus resmungos caminhavam pelos céus, florestas e montes...

ah... calma noite
o lago sente o peso de seu açoite.
com o tempo
e o passar dos ventos
o mundo mudou
o tempo passou...
e de vez em quando
pessoas acampavam perto do lago amaldiçoado
e entre sorrisos e gargalhadas
podia se ouvir
o velho a reclamar pelas noites passadas...
e podia-se sentir
passar de lá para cá
e de vez em quando
balançar...
em sua velha cadeira de balanço


quarta-feira, 30 de setembro de 2009



mascaras e cicatrizes
marcas...
vida sem directrizes
somos lascas
do passado...
em constante estado
de mudança e relativa inercia...
somos mascaras e formas
somos anomalia...
covil de moscas...

e em nossos corpos
marcas se eternizam
vontades nostálgicas que ficam
cicatrizes e desenhos tortos
envelhecem connosco,
somos um paradoxo estranho e tosco...
e elas dançam
e historias contam
promiscuas e antigas
infantis marcas
podres e eternas
são historia...
e se desgastam como nós
dentro e em nós
frutos de acções e inercia

traumas e tinta
vontades repetidas
manchas inseparáveis...
cumulo da lucidez.
a sorrirem e dançarem
em nossos corpos nus
a buscar por "jus",
quanta dor estas trazem

do inicio ao fim, desde quando nascem
marcas de vontade e desastre
dor e alegria trazem
por detrás de nossos disfarces e trajes
secretas emoções
ah.. doces canções...
somos reflexos
daquilo que em nossa carne
estão em anexo
puro impulso e vontade...


domingo, 27 de setembro de 2009




bosques claros
dias nem tão vazios
crianças correm...
vejam quantos sorrisos
felicidade sem preocupação ou aviso
vão e vem
a rir e a brincar
andam e cantarolam,
como estas aprontam!
como é bom ver estas a cantar...

pensamentos ingénuos
rindo a todo momento,
imaginando...
castelos e monstros, cavaleiros e dragões,
nem mesmo multidões
podem retirar a felicidade de uma criança cantarolando...
bosques encantados
a beleza do passado...
viver assim...
sem nem mesmo cogitar o fim
apenas ser
aquilo que realmente se quer
viver

florestas irão florescer
e nada importa
sorrir é apenas aquilo que conta
viver...
correr pelo mundo
conhecer a tudo
mesmo que nada possa se entender...


quinta-feira, 24 de setembro de 2009



vejo portas e janelas
e as vezes nada posso ver por elas
olho ruas e estrelas
pessoas... fico feliz em vê-las
a passar
por ali por aqui
vejo belas paisagens
e busco para acreditar...
no que experimentei, no que vivi.
vejo imagens...
pássaros e campos
verde, azul e amarelo
o céu é muito belo
nuvens e trapos
somos farrapos de uma pequena realidade
montanhas, cachoeiras, ruas e insanidade
somos nada...
pura vaidade...
banalidade
vejo o tempo a dar passadas
longas e rápidas
curtas e divagares
vejo lagos e mares
sem nem mesmo sair deste lugar
tudo por mim está a passar
e pela janela...
vejo tu por lá.

e o tempo por mim passa
vejo a lua
e esta acha graça
suas feições simples e nuas...
e as nuvens sobre o céu
a passear tranquilamente
com a luz e o azul a se misturar
e formar um belo véu
as árvores crescem
homens envelhecem
e eu estou aqui
o tempo passa e vejo aquilo que vivi

que bela
e pratica janela


domingo, 13 de setembro de 2009


Ponto por ponto
Cor por cor
Vejo movimento
Vejo forma e cor...
Vejo pessoas e sorrisos
Paisagens
O inferno e o paraíso
Imagens
Jogo de imagens
Jogo de cores...
Ponto por ponto, aparecem
Trovadores
Sonhos, Miragens...
E ações e sensações trazem
Incutidos nas imagens que vejo
Arvores e nuvens
De todas as cores eram as nuvens...
Um ensejo
Para imaginar
Por becos, rios, montanhas passear...