domingo, 15 de novembro de 2009




acordei cedo,
mas não como de costume...
vi a luz da manhã e me senti infame,
pois queria ser parte do momento...
não somente expectador,
a sentir a brisa e o movimentar
das nuvens e do fachos de luz,
em uma pura demonstração de movimento e calor...
e me pus a imaginar...
como seria ser o vento e voar em impulsos
mais rápidos que o pulso...
de meu coração que já não pulsa,
pois é pedra, diante desta vida impura...
e assim pairar, por vilarejos passar, como em vulto...
e conhecer a tudo,
pois seria parte do mundo...

não seria mais eu...
não me preocuparia com a existência de deus
seria movimento puro e simples...
pairando pela eternidade
entre a juventude e a mocidade,
não seria feliz ou triste
seria o vago...
seria nada, mas poderia ser eu...
eternamente sobre o céu
seria futuro e passado.
e poderia com as folhas das arvores,
dançar,
e estas brevemente poderiam me acompanhar
a destino algum, pois que importancia tem os lugares...

seria enfim eu...
enfim nada, pois não quero nada alem do céu.


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