domingo, 11 de outubro de 2009




fachos de luz...
deixe me ver seus olhos e boca...
diante desta luz ainda fosca...
nudez pura... sem abusos...
fecho os olhos e respiro profundamente
calmo e por um instante nada se sente...
vejo a luz atravessar a janela
imagino que maravilhosa e bela...
vejo tua face
e ainda não entendo o que se passa
o mundo está tranquilo e a nós isto ele transpassa
não me importo o quanto disfarce...

o real é passageiro
e por isso prospero...
nada espero...
e a loucura beiro...
pois nada sei ou entendo
magico momento
de incompreensão
e sem nenhuma intenção...
respiro profundamente...
minha mente
está paralitica
parada em instantes passados
estática
pensamentos travados
sorria para mim apenas
talvez um ultimo afago valha... a pena...
que irei cumprir por ser assim
por pensar
e me manter pensamentos sem jamais parar
e o mundo rodopia enfim...

vejo bosques em fins de tarde
a mais bela das paisagens...
o tempo passa minha mente vai e vem,
parte...
para alem do imaginável...
do infinito e mesmo do palpável.
sorrio a feras...
enquanto me encontro a espera
da luz das estrelas e lua...
que uiva
distante...
diante do pesar
de nunca com seu amante
estar...
pois são antagónicos
e em curtos momentos se encontram,
nos quais parte da terra se põe em breu
e os cómicos...
seres humanos maravilhados se encontram...
e o silencio comanda o instante enquanto tudo escureceu.

é dia...
e não me importo
e nada mais por um instante parecia
repugnante... e estas sensações comporto
sem entender,
pois para mim nada disto há um porque...

olho para o céu e as nuvens se movem
e lentamente me comovem
são lentas e quietas
diante de um azul intenso...
que bela quietude esta...
que descrevo verso por verso.
mais uma vez fecho os olhos
respiro profundamente
e pulo
naquilo que neste instante se sente...
intensamente
e lá no fundo me amarro
pois não preciso da superfice como amparo...
pela dor que se sente...
pela agonia de querer...
de viver
de buscar
mais ar...
pois queremos estar vivos,
mas não entendo o motivo.


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