domingo, 2 de dezembro de 2012

na torre mais alta de meu castelo,
darei luz a um ser, darei vida ao nada.
Da carne, do osso, do sangue,
vinho doce que derrama sobre o corpo
e ao corpo clama.

suor que escorre a pele,
na torre mais alta de meu castelo
serei rei, como sou senhor de meu copo
e de meus delírios, farei do meu devaneio carne,
farei meu amor real, darei vida,
darei sede, darei fome,
o vazio será cheio e ao caos darei alma.

Da torre de meu castelo
eu vejo o horizonte,
nesta torre estou mais perto
da lua e das estrelas,
são a fonte
dos meus sonhos, a razão de meus desejos.

Apenas eu vivo em meu castelo
e ele existirá, enquanto eu o quiser,
sua altiva e formas belas
são minhas e nele eu vivo só.

o vinho que bebo inunda suas fontes,
vivo só em meu castelo,
procuro o horizonte e as estrelas para me acompanhar,
sou senhor de meu mundo, rei deste lugar.

amar é caminhar descalço sobre a terra
e mergulhar-se em sonhos inacabados.
caminhei demais por esta terra,
andei por seus corredores, bêbado.
só um sonhador faz um castelo,
para sonhar caminhar por ele com mais alguém.

Aqui não há ninguém,
só eu e meu castelo,
só eu,
delírio feito em carne, errante cego
que se recusa a ver o céu,


por temer ser diferente que em suas fantasias.
na torre do meu castelo talvez eu seja feliz e sorria.




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