sexta-feira, 9 de julho de 2010




uma cama sobre a sacada eu tinha,
eu com ela ouvia
os sussurros do mundo, a lua doce amante para mim sorria,
um sorriso escondido que ela mantinha,
radiante...
todas as noites em que ela vinha
e comigo se deitava,
em minha cama se deitava,
fazendo-me dormir, sob o remexer de minha espinha
abalada pelo frio e agonia,

ah... doce culto da madrugada,
hoje doce noite faça-me beber a minha jornada,
lançar-me da sacada
em braços doces, pois hoje a lua...
não apareceu, não havia nada,
apenas tu noite pura e nua.

e ao meu lado a garrafa seca,
meu corpo seco,
a taça quase vazia
e as luzes da cidade junto ao céu.


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