um viajante procurava repouso...
por muitos lugares havia andado,
mas em nenhum destes havia gosto,
por ruas, cidades e vilas, caminhou... sem repouso,
estava farto da realidade que era a sua,
das dores em sua pele que ainda encontravam-se cruas...
E assim passava seus dias,
era nômade
e não restava em lugar algum por mais que três dias...
estava cansado... não suportava mais o compasso constante,
decidido.
em um pequeno lugar escolheu morar...
por ora lá era um bom lugar...
todos eram conhecidos,
se apresentavam amigos,
dóceis, com curtas presas,
tudo era simples, a vida era bela,
todos eram sutis, confidentes, amigos.
em um pequeno quarto decidiu morar...
de dia tudo que havia lá
era bom,
a melhor forma de se definir para ele o que tudo aquilo era... era bom...
por muitas noites dormiu bem...
sem medo, dormia bem...
e de pequenos sussurros as noite se encheram...
mal percebeu, mas vozes sobre as ruas, passos sobre as ruas, haviam...
mas este ignorava,
sua mente anestesiada estava...
mas com o passar do tempo este já não suportava,
olhava pela janela e não havia nada...
até que um dia se deu conta de que a vila murmurava...
as belas pessoas da vila, eram deformadas...
decrépitas... o sonho de tranquilidade
dava lugar a insegurança,
não haviam mais bondade,
rastejavam pela noite...
aquilo, aqueles que sobre o dia alegravam-lhe o peito,
sobre as ruas, como em açoite...
ao som de um frio e tenebroso vento.
desmascaravam-se estes seres.
tão belas mascaras obtiveram estes....
E o viajante já não suportava os falsos sorrisos...
os abraços, os afagos.
este deveria ir,
não suportava mais ficar,
desejava ir
e não mais voltar...
amaldiçoou o dia em que desejou tranquilidade...
foi-se e não mais retornou,
apagou-se o sonho de prosperidade...
foi em direção ao deserto e não mais voltou.
\o/
ResponderExcluirFinalmente... hehehe
Ficou bacana, cara!
Ah... legal a ilusão de ótica da imagem, os zumbis são do mesmo tamanho... =)