uma gaivota estava ali,
sorriu para mim e partiu,
ela foi tornou-se nuvem,
tornou-se chuva e eu a vi cair,
partiu
para o interior das ranhuras que haviam no chão,
me sussurrou que era escuro e sem fim,
eu tentei alcança-la, mas não me senti bem.
lá só havia escuridão,
mas eu sei que a vi,
eu a vi cair,
mergulhar em solo rígido
e se acomodar em um labirinto
sem fim,
eu vi, eu vi, eu vi sim!
gaivotas ao céu,
mergulhei distante em mar brando,
procurei ao sul no mar e só havia lá areia,
retornei e me deliciei com a neblina em véu,
naufraguei mais uma vez... o casco
tornou-se apenas pedaços de madeira.
então mergulhei, pois as ondas não me deixavam
sorrir para o céu acima,
fui ao fundo enquanto me empurravam,
lá havia areia e lama
e a gaivota também estava lá,
ela sorriu beijou minha bochecha,
me disse que apenas queria dizer olá,
mas tinha vergonha.
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