os signos agora me confundem,
pergunto-me para onde foram as minhas palavras...
as que aqui residem não são mais elas,
perdi o tempo de vista
e junto dele se foram as palavras.
minhas palavras altivas
foram passear e esqueceram de mim,
palavras amigas,
perdi esse trem
e agora não sei coisa,
onde está coisa?
o trem onde está?
fui, foi, foram para lá...
amigos me digam,
por quanto tempo seremos
se pouco a pouco perco o compasso,
pois as palavras lentamente se descompassam,
para onde iremos amigos?
quando estas palavras apertarem o passo
e não sobrar mais significância
porque as crianças mudaram as coisas,
e a piscina não terá mais bóias
porque haverá o novo provocando me paranóia
e medo de nadar...
quero meus trambolhos, lorotas para mergulhar,
ainda que hajam novas coisas.
porque não sermos mais cadenciados...
arredios... apegados,
pois a frente há um rochedo
e não é interessante se apressar
por mais que a sereia seja bela.
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